Salve pessoal! Tudo na paz? Hoje, como de lei, vamos falar sobre maconha, mas em especial a maconha brasileira. Vocês sabiam que a maconha foi uma das primeiras plantas cultivadas pelo homem?
Além disso, sua utilização ao longo do tempo sempre foi bastante diversificada, abrangendo aspectos religiosos, medicinais, recreativos, cosméticos e industriais - dos papiros utilizados no Egito Antigo às velas das embarcações europeias durante as grandes navegações.
O primeiro registro encontrado sobre a utilização medicinal da cannabis vem de um livro chinês escrito em aproximadamente 2700 a.C, no qual a planta era indicada para tratamento de dores e alívio do estresse. Estudos recentes indicam a possibilidade da
maconha ter sido domesticada pela primeira vez há cerca de 12 mil anos, também na China, e uma pesquisa de 2019 indica que
já é fumada há pelo menos 2500 anos.
Apesar de estar relacionada com a cultura e a história humana há tanto tempo, a opinião das pessoas sobre a maconha costuma ser bastante extrema e variada, o que empobrece e dificulta os debates sobre a erva. Esse debate é mais difícil principalmente entre pessoas de opiniões diferentes - enquanto algumas pessoas amam e não veem problema nenhum em utilizá-la diariamente, outras parecem acreditar que a planta seja a principal causa de todos os problemas do mundo.
Na verdade, sabemos que não é nem um nem outro, e
apesar de seus grandes benefícios, tudo que é consumido em excesso pode fazer mal, e tudo que é fumado (principalmente diariamente e em grandes quantidades) pode sim trazer riscos à saúde, especialmente relacionados ao sistema respiratório.
Nós da Smoke Point defendemos que o
conhecimento e o respeito são as principais ferramentas contra o preconceito, e que precisamos urgentemente aumentar os debates sobre a maconha no brasil, de maneira mais justa e menos emocionada.
É muito importante que o usuário esteja bem informado sobre a substância que consome para que possa realizar escolhas mais conscientes e seguras sobre este uso - um maconheiro bem informado tem maior liberdade para escolher como, quando e o que utilizar, reduzindo riscos e consequentemente levando uma vida mais tranquila, saudável e produtiva.
Como no Brasil infelizmente a maconha ainda não é legalizada, nenhum usuário está livre de riscos relacionados à lei, contato com o tráfico e abordagens policial
- mesmo aqueles que só fumam em casa, e não tem o relacionamento familiar prejudicado por isso, podem ser
denunciados por algum vizinho ou ter problemas na hora de fazer o corre por exemplo.
Por isso, ao escolher fumar, o usuário deve estar ciente destes riscos e conhecer seus direitos para reivindicá-los quando necessário, sempre tomando cuidado também com a possível truculência da polícia.
Além disso, como não é especificada uma quantidade que caracterize uso ou tráfico, é importante que o usuário
não carregue consigo grandes quantidades de qualquer droga, para evitar más interpretações e repressões injustas caso seja abordado.
Outro problema relacionado a maconha brasileira é a baixa qualidade da erva encontrada no país, além da dificuldade de acesso e preços altíssimos em um produto de melhor qualidade.
Com a falta de regulamentação do comércio e o predomínio da maconha prensada no país,
o usuário brasileiro dificilmente saberá de fato o que está fumando e qual efeito esperar, além de ter maiores chances de acabar fumando terra, galhos, folhas, sementes, ou até coisas piores. Sobre isso,
já escrevemos um texto ensinando a lavar sua maconha prensada, removendo grande parte das impurezas e melhorando muito sua aparência e qualidade.
Os efeitos da maconha também podem variar muito de acordo com a strain (a "variedade") consumida, e de pessoa para pessoa, tornando possível que duas pessoas se sintam de modo totalmente oposto depois de fumarem o mesmo baseado.
Enquanto alguém pode fumar e se sentir extremamente motivado, outros podem fumar e ficar na morga sem vontade nem de levantar do sofá, da mesma forma que enquanto algumas pessoas fumam um para relaxar, outras podem se sentir mais ansiosas.
Portanto, o usuário deve estar sempre atento também ao ambiente em que a erva será consumida, e também no que se passa com seu corpo e sua mente no momento, para que seja possível evitar qualquer efeito desagradável ou inesperado.
É muito importante que o usuário se conheça bem, para que possa consumir a substância certa na hora certa - se você já se conhece e sabe que depois de fumar um quer saber só de curtir uma panca, talvez seja melhor não fumar antes de estudar ou trabalhar. Além disso, todo usuário deve conhecer sobre redução de danos, pois assim também pode evitar ou diminuir possíveis riscos à saúde.
Falaremos mais sobre redução de danos e a importância da autoconsciência para um uso mais responsável em textos futuros, porém, já podemos adiantar algumas dicas para melhorar a qualidade de vida dos usuários e diminuir alguns possíveis riscos:
Sabemos que
o caminho para a legalização da maconha no Brasil ainda é longo, mas necessário. Até lá, cabe a nós nos informarmos não apenas sobre seus benefícios, mas também sobre os problemas e riscos que o consumo de maconha pode trazer, para que possamos construir debates mais maduros e reduzir o peso destes possíveis riscos.
E você, percebe algum outro problema relacionado ao consumo de maconha no Brasil? O que mais você acha que pode ser feito para diminuir estes problemas? Conta para a gente o que você faz para fumar com tranquilidade e consciência!
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