Olá, caro maconheiro! Se você leu nosso texto recente sobre concentrados, com certeza você se deparou com uma palavra bem diferente: tricomas. Se você não sabe o que isso significa, não tem problema! A Smoke Point também é cultura, e hoje a gente vai te contar o que são os tricomas e para que eles servem.
A maconha, como sempre reforçamos aqui, é uma planta. Isso significa que ela tem diferentes estruturas, cada uma responsável por uma função.
Os tricomas são "pelinhos" com aparência de pequenos cristais brancos, transparentes ou dourados, e cobrem o caule e galhos da maconha. Eles são um mecanismo de defesa para a planta se proteger de predadores, estratégia presente em diversas outras espécies e de diferentes maneiras.
Além de preservar a planta de temperaturas extremas e perda de água, algumas das substâncias presentes nesse tipo de estrutura servem para deixar a planta com um gosto amargo, não atrativo para animais; outras, para evitar a ação de fungo, etc. Por isso, é nos tricomas que se concentram a maior parte dos canabinoides como THC e CBD, além de terpenos e outras substâncias.
Por essa razão, os tricomas são muito importantes na produção de haxixe e outros concentrados, como o Kief e o Rosin, mas eles não existem só para te deixar “doidão". Se somando à função de proteger a planta, eles também são um ótimo indicador visual do amadurecimento da maconha.
Existem diferentes tipos de tricomas. Na maconha, se destacam três como principais: os bulbosos, menores e que recobrem a planta inteira; sésseis capitados, um pouco maiores e com cabeça e talo, porém em menor quantidade na planta; e, por fim, os capitados pedunculados, maiores e visíveis a olho nu.
Como te contamos lá em cima, eles variam de cor à medida que a planta amadurece, por isso, são um importante indicativo na hora da colheita. No início, essa coloração é transparente, depois se torna esbranquiçada e por fim vira um tom âmbar-dourado, fase em que concentra maior quantidade de óleos, momento ideal para extração.
Para aproveitar os tricomas, é necessário realizar uma extração adequada. Esse processo pode ser mecânico ou químico, variando em complexidade e rendimento.
Existem diversos tipos de concentrados, com classificações e nomenclaturas diferentes, e a Smoke Point já os apresentou a você antes.
As extrações químicas, geralmente realizadas com hidrocarbonetos, resultam em óleos de hash cerosos. Não é recomendado que se utilize esses métodos em extrações caseiras, pois os materiais utilizados são altamente tóxicos e inflamáveis.
Já alguns exemplos de extrações artesanais e simples de se realizar em casa são o charas, kief e rozin. O kief é o pó resultante da extração mecânica dos tricomas, e possui diversas aplicações e formas de uso: você pode consumi-lo adicionando-o em seu baseado, prensá-lo, cozinhar pratos da culinária canábica com a cannabutter, realizar extrações de óleos e muito mais.
Existem duas técnicas mais simples e conhecidas para se produzir o kief. A peneiração a seco e a extração com gelo seco.
Você irá precisar de uma tela de seda, um recipiente limpo e erva seca. O primeiro passo é congelar a erva seca antes do preparo, para facilitar o processo de peneiração.
Esse método é mais simples e rápido, porém demanda materiais mais específicos. Com gelo seco e sacos de extração, chacoalhe as flores. Ao fazer isso, o kief irá se separar da matéria vegetal, formando um pó dourado.
Em breve, iremos nos aprofundar um pouco mais nas diferentes formas de extração do kief e como transformá-lo em outros concentrados.
Agora é a hora da sua sesh! Bole aquele cone de respeito, use tudo que você aprendeu aqui e potencialize ainda mais o seu momento canábico. Não se esqueça de contar para a gente o que você achou!
OUTROS TEXTOS DO SEU INTERESSE
Todos os direitos reservados | Smoke Point