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De outros carnavais: quando a maconha chegou ao Brasil?

Maria Fernanda Drumond • fev. 28, 2022

A maconha possui uma vasta história no Brasil, marcada por inúmeros plot-twists. A planta exótica e não natural do território nativo já foi comercializada em larga escala pelos “boticários” (antigas farmácias), popularizada em portos e lojas, e até mesmo utilizada pela família imperial! O fato é que a nossa erva sempre esteve presente em nossa história e cultura. Mas afinal, se a planta não é daqui, como foi que a maconha chegou ao Brasil?


A história da maconha no Brasil

Por mais que neguem os anais da história (com toda a propriedade da palavra), a maconha está intrinsecamente ligada à construção da nossa idade cultural, histórica e popular. 


Ela é uma das vastas heranças com raízes africanas, e foi trazida junto com as primeiras levas de tráfico escravocrata. E justamente como tudo que remete aos territórios e culturas africanas, ela também é reprimida e criminalizada até hoje.


A maconha veio não só como fumo, mas também como materiais têxteis extraídos do
cânhamo, remédios, entre outros.


Quando a maconha chegou ao Brasil?

Para ser mais específica, a maconha chegou ao Brasil entre o período de 1500 e 1550, tanto presente nas caravelas como subproduto do cânhamo como quanto próprio fumo e sementes, sendo contrabandeada pelos próprios cativos. Segue a declaração documentada pelo nosso Ministério de Relações Exteriores, no ano de 1959:


“A planta teria sido introduzida em nossos país, a partir de 1549, pelos negros escravos, como alude Pedro Corrêa, e as sementes de cânhamo eram trazidas em bonecas de pano, amarradas nas pontas das tangas” (Pedro Rosado).


O uso da maconha com o passar do tempo

A planta servia de alívio para aqueles que vivenciavam a dor da escravidão, mas também se popularizou em inúmeros herbários e boticários, sendo desde cedo reconhecida e apreciada pelo seu valor medicinal. Curioso, não? Na verdade, nem tanto! 


Aos poucos, a maconha foi ganhando terreno, e foram os povos indígenas que, ao ter contato com a planta, exploraram cada vez mais seu potencial medicinal. Com o tempo o fumo foi sendo disseminado no comércio como “cigarro índio”, e por isso hoje temos a tão conhecida alegoria do “cachimbo da paz”.


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Quando a maconha chegou ao Brasil, ela era utilizada na forma de fumo principalmente pelas classes socioeconômicas menos favorecidas, mas logo seu uso se disseminou e foi parar até na realeza! Reza a lenda que a rainha Carlota Joaquina tinha como hábito o consumo de chá de maconha quase todas as tardes. 


E assim foi: a maconha, conhecida por vários nomes, entre eles “pito d’Angola”, diamba, pito do pango, etc, foi utilizada comumente e vista com normalidade até o ano de 1830, quando houve o início do movimento proibicionista.


A razão das primeiras proibições é que, não a sociedade, mas a elite que possuía pessoas escravizadas, enxergava o fumo do “pito do pango” como uma distração ao trabalho nas lavouras, e por isso as primeiras penas começaram a ser fixadas. Mas foi só mesmo cem anos depois, em 1930, que o Brasil iniciou uma política formal e agressiva de proibição.


A proibição: quem foi que estragou o rolê?

O nome do vacilão é Pernambuco Filho (mas calma, ele também não tem nada a ver com o estado ok?), e ele foi responsável por iniciar o movimento proibicionista da guerra às drogas no país. 


Com fortes motivações xenofóbicas, Pernambuco Filho plantou a sementinha da guerra às drogas no Brasil, e finalmente, em 1938, ele conquistou o Decreto-Lei nº 891 do Governo Federal. 

O proibicionismo decretou, principalmente: 

  1. regulamentação e definição das atribuições da Comissão Nacional de Fiscalização de Entorpecentes (CNFE), criada em 1936; 
  2. estabelecimento de penalidades de encarceramento para condenados por uso, porte ou plantio para consumo pessoal.


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Nesse meio tempo, entre os anos 30 e quarenta aqui no Brasil, houveram inúmeros encarceramentos e ações ostensivas contra os usuários no Brasil, especialmente contra a população negra e as classes mais desfavorecidas da nossa sociedade. 


Esse é um dos exemplos de repressão denso e complexo, e por isso, nós trataremos sobre ele no próximo texto da Smoke Point com a riqueza de detalhes que você merece.


Mas um fato é inegável: desde quando a maconha chegou ao Brasil, há quase 500 anos atrás, que ela tem sido um hábito, um remédio e um costume nacional. Hoje contamos com cerca de 3 milhões de usuários em todo o território nacional, enquanto 8 milhões de pessoas já utilizaram a droga pelo menos uma vez na vida, segundo dados oficiais do  INPAD


São quase 100 anos de proibição, o que vem causando mortes, violência e criminalidade, mas na prática, o uso e o comércio da maconha continua. Por que então não legalizar? 


PS: se você quiser se aprofundar um pouco mais na história da maconha no Brasil, recomendamos para você este artigo científico. Foi dele que tiramos e comparamos muitas informações oficiais!


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